terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DICA: 1º Dia de Aula

Aproveitando o início do ano letivo, resolvi expor para todos a minha experiência neste período difícil em que deixamos nossos filhos aos cuidados da escola. Um novo mundo, uma nova realidade, todo um universo de informações novas pode ser muito traumático para todos, filhos e pais.

Só existe uma forma correta para entregar os filhos na escola. Os pais devem ser firmes e, em momento algum, deixar transparecer qualquer sentimento negativo, a denotar sua tristeza pela separação (temporária) dos filhos. Assim, no primeiro dia de aula, os pais precisam verificar quem está mais emocionalmente preparado para a tarefa, pois, de maneira alguma, devem chorar ou aparentar tristeza ao soltar os filhos para os braços dos professores. No trajeto para a escola brinque, ria, faça cócegas em seus filhos, tudo para deixar esse momento mais alegre, fazendo o pequeno perceber que está indo para um local lúdico, feliz.

Ao chegar na escola, é primordial agir de uma maneira mecânica. Aqui funciona a linha de produção: você chega, visualiza a primeira professora já na entrada, prepara o filho no colo, aproxima-se da profissional, entrega a criança, vira-se e vai embora. Pronto, simples, rápido e indolor (permite-se somente um beijinho leve no momento da entrega, se possível sem tocar o rosto da criança. Dizer "papai ou mamãe te ama" é terminantemente proibido).

Pode parecer um pouco seco e sem afeto, mas acredite, isso será o melhor para o seu filho. Mostrar muitas emoções neste momento pode fazer com que ele desista da escola e a repetição deste momento traumático acarretará graves prejuízos psicológicos ao seu rebento, os quais podem perdurar até a fase adulta.

Faço essas pequenas explicações por experiência própria. Hoje cedo segui exatamente essas dicas. Deixei meu neném na escola com a primeira professora que vi, não dei tchau, nem disse "eu te amo", voltei para casa e agora estou aqui, tranquilo por ter feito o meu trabalho. Neste instante posso aproveitar, com calma a satisfação de uma missão bem feita, sentado na minha mesa de trabalho, escrevendo este texto, perto da revistinha do Ben 10 do meu neném, ao som de "Bebê Mais". Aliás, este é o único som da casa, que agora está quieta, sem vida, sem alegria e sem amor. Estou trancafiado numa casa desesperadamente quieta e o meu neném, alegria do meu existir, deve estar lá na escola, cheio de coisas e pessoas perigosas, com professores mal encarados, cansados de cuidar de tantas crianças catarrentas. Nem vão perceber se ele estiver com sede, ou com fome, ou cagado. Fora, os moleques malditos! Deve ter um monte de meninos grandes e fortes, mal amados pelos pais, que só estão esperando a primeira oportunidade para bater e humilhar o primeiro menininho bonito que virem pela frente. E meu neném é tão bonito! Vão bater nele! E eu não dei tchau para ele! Ele deve pensar que eu não gosto mais dele, que sou um pai ausente, sem amor! Meu Deus! Isso pode gerar graves prejuízos psicológicos pra vida toda. Ele vai crescer desajustado, vai usar crack, viver na sarjeta... e tudo culpa minha...

CHEGA!!!! Eu vou agora resgatar meu príncipe desse inferno, meu tchutchuquinho. Espera, meu amor! Papai está chegando...

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